terça-feira, 19 de outubro de 2010

Levantamento etnográfico da Baralha


Durante aproximadamente dois anos e meio a nossa querida amiga e antropóloga Filipa connosco passou horas e horas, conversou, perguntou, tentou perceber o nosso dia a dia, foi nosso dia a dia, ajudou, foi paya, mas nos nossos corações foi muito gitana.
Generosamente deixou-nos o seu contributo que não queremos deixar de partilhar com quem acredita e luta pela nossa causa mas e, porque não, com quem não nos conheça tão bem e esteja disponivel para conhecer. Convidamos-vos pois a mergulharem na Baralha. "Conheçam-nos antes de nos odiarem". Sigam o link.

Levantamento Etnográfico

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Na baralha de copas do André Príncipe


Bisca de copas. Das árvores. Às. Ruínas, casas fantasma. Entre um modo de vida e outro. O que ficará depois de nós? Dos nós da imagem, da habitação, de mundos em mutação, das crenças, da tradição. Sobram guitarras e rostos. Perpetuam-se questões. Registam-se as sombras, os tons. E o André a puxar o trunfo: estar e não estar. Com. Confundir-se com o próprio dia. Som. o nosso dia...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Doc Baralha, crónica do passo doble, segundo Elias, com a Filipa César




Registar. Stop. Vaguear. Stop. Entrevistar. Stop. Planear. Stop. Voltar a dar. Stop. Montar. Stop. Colar letrinhas. Stop. Filipa explica lá mais uma vez. Stop. Por ali ou por acolá. Stop. Nervinhos. Stop. Cavalos sem quadradinhos mas com pintinhas. Stop. O Júlio continua em bollywood. Stop. O alfredo ficou na venda. Stop. Luz verde ao passado. Stop. Plano apertado. Stop. E o chico a separar sucata. Stop. É um filme ou a nossa vida? Stop. No sim. No fim. Ambas. Sem stop.

terça-feira, 16 de março de 2010

Grupo de Jovens de Figueira de Castelo Rodrigo visitam a Baralha











No âmbito do sub projecto "Põe-te no Meu Lugar", o acampamento da Baralha foi visitado por uma turma CEF da Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo. Cursam fotografia e partiram do repto lançado pelos ateliers do projecto "Desalojar a Exclusão". Do crivo do professor Paulo, para construir um universo gráfico. O outro passou a ser o eu. Payos e Gitanos. Num só outro.

Numa das paredes exteriores do pavilhão do projecto crivaram elementos que associavam aos gitanos da Baralha. Rodas. Mundos. Cavalos. Carroças. Chapeus. Tios. Pelo acampamento conversaram, registaram momentos com as nossas famílias. Pintaram com objectivas o sol de inverno. Deixaram-se levar pelas chapas, pelo zinco e dos sorrisos fizemos conjunto.

Obrigado amigos pela visita. Até breve!















quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Do lixo som, da sucata melodia, da guitarra força!

Nas palmilhas, nos caminhos da Baralha, o Fernando Mota deu corda aos sapatos. Música.
Atacadores apertados, correr, correr atrás. De garrafas vazias. Tijelas. Banho Maria de graça. Palhinhas. Zumbidos. De balde se fez baixo e contrabaixos não há argumentos. Som. Luzes, acção. Sem Paus, mas com cordas. Exclusão a ir às cordas. Às urtigas. E o Júlio em Bollywood. Lado a lado o zinco, mano a mano e guitarras a trinar. Antónios. Luís e salero à volta. Fragmentos. Lamentos. sintetizador. Sintetizando. Semana. Semanas. E o IMAGINARIUS aqui tão perto....



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A rua segue na Baralha

As luzes sem ribalta mantêm-se despertas, ligam-nos ao mundo. O mundo a cores no preto e branco de uma história maldita. Romeus, Julietas, caminham pela Baralha. Foto aqui, foto ali, “cara assim, cara assado”. Mãos erguidas. Voz puxada. Dentro de nós, com ou sem Máscara, o Nuno Custódio. A contar. A começar. Recomeçar. Câmara na mão. E o Marco sempre sem chão. A voar pela imaginação. Imaginar, imaginar que somos gente, outra gente, de carne e osso. Mesmo no faz de conta. E no somatório das contas. Somos. A Clara Andermatt e o Avelino dançam. E são. E continuamos a ser. Gente. E o Marco fica. Com a gente. Juntam-se os trapos, juntam-se os pedaços. Até Maio, maduro Maio…