A Baralha com Público

Ontem e Hoje, Romeus e Julietas de sempre, vagueando pelo ferro retorcido, por entre ramos e espinhos, chuva impiedosa, ensaiando a arte de ser ou não ser. Lado a lado, público, tinta preta, objectiva de mundo. A Sara e o Paulo, adjectivando. E vida(s) contada(s)


Reportagem em:

Jornal Público, 19 Novembro

http://jornal.publico.clix.pt/noticia/19-11-2009/o-cla-monteiro-aprende-a-arte-de-ser-outra-pessoa-18244866.htm

"Sanguêdo en La Baralha", a nossa homenagem ao cinema mudo

Do buliço dos nossos ateliers resultou a curta metragem de ficção "Sanguêdo en La Baralha". Uma aventura paya/gitana de tributo ao cinema mudo e aos seus super heróis. Retrata-se aqui a história de najma e coron, um casal gitano que luta pelo seu amor e procura evitar cair nas garras de salazarus burocratus, o maléfico imperador imperial. Neste processo contamos não só com os nossos monitores, mas também com a ajuda dos nossos familiares, dos nossos companheiros de luta e imagem na mão, João Rodrigues, Fred e João Fino e com algumas entidades que se associaram à celebração do cinema e da amizade, nomeadamente a GNR e os Bombeiros de Lourosa, a empresa de fundição de Sanguêdo, a Serração Ramos e Ramos e o Feira Viva. Em breve levantaremos a cortina e as luzes acender-se-ão...

A Baralha com IMAGINARIUS dentro

A construção do nosso trilho de sonhos segue frenético. Com a ajuda do Marco, do Gonçalo, do Dinarte, do Renzo e da sua equipa temos vindo a preparar um mundo de pedaços que partilharemos com o mundo, em Maio do próximo ano, no coração do festival IMAGINARIUS. O mote: Romeu e Julieta. O casamento, o confronto de culturas. O acampamento é todo ele laboratório, criação. Seguem entrevistas, palavras, códigos, desconstrução. Luzes, sépia, o abuelito, a avó Constância, a recolha de sucata, o fogo e laços. Ensaios, dúvidas, vontade, orgulho. Um meio caminho andado que anseia crivar o tempo...

Põe-te no meu lugar, dentro dos nossos ateliers e lá fora

Este ano, um novo desafio dos nossos ateliers. Tornar o nosso pavilhão carne viva, estado de arte em alerta máximo. Construir histórias em torno das percepções que comunidades cigana e não cigana têm uma da outra, escrever, pintar, desenhar, libertar grafitti e stencil nas suas paredes. Quebrar muros.
Começamos por preparar um inquérito que todos podemos e convidamos a preencher, nele descrevemos ou sintetizamos como seria a nossa vida se por momentos nos colocássemos no papel do outro. Daí resultará o universo a ser crivado nas paredes, no mobiliário, nas portas, em todos os espaços do nosso cantinho. Sanguêdo, as suas escolas, as suas gentes serão convidadas a associar-se a este trilho e a legarem as suas expressões. A praça do eleito local em Sanguêdo foi já palmilhada, os seus caminhantes questionados. Momentos em que linguagens foram cruzadas, vídeo, áudio, pena. Testemunhos que verão a luz do dia em breve...

Projecto "Desalojar a Exclusão" visitado pelo Jornal Expresso

A Baralha teve ilustre companhia por estes dias. A Cristina, amiga de horas. Num bloco de papel soltou pena e coração. Das palavras ficou jornal. Expresso. De muitas noites. Numa noite de particulares amores: Romeu e Julieta.

Mais em:
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?fokey=ex.stories/544537&p=stories&op=view&commentsort=R#ord

e em Cartaz, 31 de Outubro de 2009, Jornal Expresso

As nossas vinte mil léguas submarinas...

A banda sonora de vida continua. Desta feita subaquática. Com bolhinhas e fascinantes espécies marinhas. A bússola dos ateliers levou-nos desta feita ao "SEA LIFE", no Porto. Este oceanário dos "pequeninos" percorre diferentes ambientes, desde o tempero da água doce, passando pelas recortadas linhas costeiras, até aos mais profundos oceanos. Vimos raias, cavalos-marinhos, medusas, inúmeros peixes estranhos e coloridos, estrelas-do-mar e sim, tubarões. Bebés, mas nem por isso menos enigmáticos, menos assustadores. Pudemos mesmo experimentar a sensação de lhes "tocar" a pele, numa área do aquário em que se imitavam as suas texturas! Foi divertido "perder o norte" na luz e na escuridão, fascinados por todas estas espécies! Mas o dia, não seria dia, se não tivéssemos sentido o odor a maresia, calcado a areia, mergulhado as mãos na água salgada, imaginando tudo o que vimos no SEA LIFE, naquele enorme espelho de água. Atlântico. Belo

Musafir, no trilho das nossas raizes

Mais uma saída…mais uma celebração de vida(s). Desta vez a palma da mão levou-nos até Estarreja e ao Festival Festim. Directamente do Rajastão Indiano, para os corações da Baralha os Musafir - Gypsies of Rajasthan.
O grupo desvenda as mais profundas raízes ciganas, num universo onde cabem dança, contorcionismo, arriscados jogos de sabre e sim, música. Bela, encantadora. Nossa.

Prendidos ficamos a um momento que nos fez perceber a importância das nossas gentes, da nossa diáspora...

“Carro Preto Carro Branco” vence categoria de Animação no Festival Sé Vídeo-Faro

Ganhámos!

A nossa curta conquistou o primeiro prémio, na categoria de animação, do X Festival Sé Vídeo de Faro. Este certame premeia películas fora do circuito profissional e propõe o incentivo aos novos valores na área cinematográfica/multimédia.

Que a nossa felicidade de hoje seja o incentivo de um outro amanhã. Um amanhã onde o protagonismo cigano emerja e nos (re)conheçam pela vontade, pela riqueza dos nossos sorrisos. Onde não entre o tom de pele, o preconceito e esteja o mundo. Plural, Singular.

Continuemos pois o caminho, acreditemos na arte, interventora e siga o abraço, sentido, de culturas.

Teatro na rua, IMAGINARIUS, segundo capítulo

Mudamos de armas e bagagens para o centro de Santa Maria da Feira, na febre de sábado à noite, perdemo-nos pelas ruas, pela confusão, pela profusão de personagens e fogo. Comédia, melancolia, rostos, música, sonhos. Encontraram-nos. Encontramo-nos. No próximo ano, a nossa vez. Esperada. Ansiada. O desejado inesperado...

http://www.youtube.com/watch?v=F5PX29JdeJo&feature=related

Workshop com os nossos professores

No passado dia 13 de Maio realizamos no "nosso cantinho", no acampamento da Baralha, o workshop “Educação e Comunidades Ciganas”, dinamizado pela Professora Eva Gonçalves, amiga, companheira de luta, com ampla experiência nesta matéria, tendo partilhado algumas das estratégias e metodologias adoptadas no seu percurso, no âmbito da interculturalidade. O evento contou com a presença de vários dos nossos professores e teve por objectivo reflectir sobre o ensino e diferentes experiências com alunos ciganos.

Carro Preto, Carro Branco seleccionado para o Festival Anima Mundi

De entre 1250 pré inscrições, a nossa curta foi seleccionada na categoria “Futuro Animador”, do Festival Anima Mundi. Considerado por muitos o segundo maior festival de animação do mundo, o mesmo realizar-se-á no Rio de Janeiro, no próximo mês de Julho. Mais uma oportunidade para reflectir e consciencializar públicos relativamente à diversidade e inclusão, desta feita num país onde se estima que vivam cerca de 400.000 ciganos.

http://www.animamundi.com.br/fest_filme.asp?cod=7591

Mirar Biel Ballester Trio

Admiramos o Django, referência eterna do jazz, manouche de alma e coração, gitano, hoje e sempre, adoramos o Biel Ballester, um catalão que se enamorou pela sua música, que lhe bebe tradição. Um swing desconcertante que contagia até à espinha. Passou quase despercebido por Portugal, pelo auditório dos paços da Cultura de São João da Madeira, não o foi pelo realizador woody allen que à sua música colou a Scarlett e a Penolope, o Bardem e Barcelona, filmada, viva, vivida, na passada do seu trio. E, certamente, não passou despercebido à baralha que durante uma hora lhe sentiu talento, salero. Um concerto que uniu as nossas batidas e dos nossos amigos pajos...

http://www.youtube.com/watch?v=_WrC_qLXL2o&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Evideo4viet%2Ecom%2Fwatchvideo%2Ehtml%3Fid%3D%5FWrC%5FqLXL2o%26title%3DBiel%2BBallester%2BTrio%2BAl%2BMoll%2BDe%2BCala%2BRajada%2B2&feature=player_embedded

Celebrações do Dia Internacional Romani

Associando-se convictamente ao Dia Internacional Romani, o projecto “Desalojar a Exclusão”, apresenta “Põe-te no meu Lugar”, um conjunto de iniciativas que visam uma reflexão ampla sobre as comunidades Ciganas Portuguesas, tendo como ponto de partida o acampamento da Baralha, Sanguêdo, as actividades dinamizadas no âmbito do referido projecto e a expressão e fruição artística intercultural.

AGENDA - 8 DE ABRIL

14H – Concepção Mural “Põe-te no meu Lugar” (Writer, Monitores e Comunidade(s)). Este Mural, assinalará o lançamento da “1ª pedra da concepção/utilização do espaço multidisciplinar do projecto “Desalojar a Exclusão”, ele próprio como instalação artística permanente, sendo as suas paredes, as suas áreas, o seu mobiliário, passíveis de aplicação de diferentes técnicas de expressão plástica-Graffiti, Stencil, entre outras.

15-17H – Apresentação Sketches elaborada pelas crianças e jovens do Projecto “Desalojar a Exclusão”: “Máscaras”; “Brigadas da Natureza”.

18H – Apresentação Peça Teatro de Rua – RADAR 360º

21H – Exibição Cinema Ar Livre / Curtas Metragens-Cine Clube de Avanca
“Rivalidades, sonhos, dureza, infância, relações com os serviços e tudo à volta, nas voltas das vidas comuns”

“O Gato de Oblomov” 11’ (animação)
“Buzine por favor” 9’ (animação)
“Paraíso Fiscal” 16’ (ficção)
“LOT” 17’ (ficção)
“O muro da vida” 17’ (ficção)

Local: Acampamento da Baralha e Rua da Baralha-Sanguêdo, Santa Maria da Feira

Simplesmente para o meu Pai…

Hoje, sempre, milhares de palavras voam pela nossa memória, milhares de imagens se colam ao nosso coração. Muitas mais brotam, livres, quando pensamos no nosso pai. Com a ajuda dos nossos monitores concebemos textos e um cartão que simboliza uma pequena parte do amor que lhe sentimos. Pequena grande parte. Simples, como todas as coisas cintilantes deveriam ser…

“Foliões da Baralha”

A nossa Baralha é também carnaval, folia. Porque nem tudo na vida tem de ser sério e solene. Ao longo de vários ateliers preparamos e personalizamos as nossas próprias máscaras, os nossos sorrisos, partidas de todos os tempos e tamanhos. Desde o gesso à calda do riso, passo a passo, de gigantes. Nesses passos trocamos o passo à monotonia, às rotinas. Construídas as máscaras, faltavam as pontes, organizamos por isso um pequeno corso que deu cor ao Entrudo na Rua da Baralha, que a percorreu, viveu, durante uma manhã solarenga. As nossas famílias miraram e dançaram ao som da flauta mágica do professor Pedro, connosco estiveram também outros personagens da banda sonora diária do acampamento, a professora Marisa, o professor Paulo, o professor Filipe, a Márcia e o Nuno. Com eles caminhamos, com eles chamamos pelos nossos vizinhos e cantamos a música que concebemos com o professor Toni. Trilhamos culturas. No dia anterior estivemos no CASTIIS, por entre salas, espaços, ladeando outras crianças, seniores e funcionários da Instituição, pulando, entoando felizes “já chegou o carnaval, vem dançar comigo”, perpetuando laços, dando as mãos ao mundo…