quinta-feira, 29 de maio de 2008

O teatro saiu à rua...

Teatro. Sonho. Dos sonhos reza a história. Na companhia da Julieta saimos para uma noite diferente, convidados, desafiados para assistir ao Festival Imaginarius em Santa Maria da Feira. Quem conhece a cidade em dia normal ficaria admirado com a confusão daquele dia em particular. Tanta gente entusiasmada, tanta gente a circular, sendo muitas vezes necessário pedir licença para passar. A iluminação era tamanha, parecia dia. As esplanadas estavam cheias, a rua encheu-se de fantasia, diabos, defuntos, bailarinas, música. Engraçado foi ver a Irene a fugir dos diabos a sete pés! Divertida igualmente a peça do general. A certa altura este mandou despir a roupa toda dos seus soldados e quando estes estavam todos nús, de cócoras, o general dava-lhes palmadas no rabo! Gostamos muito das companhias que trabalhavam com fogo e água, espectacular mesmo.
O homem pendurado na parede por uma mão dava para pensar, como seria que ele estava agarrado?
E o que dizer das bailarinas? Bonitas, o Filipe estava sempre a olhar para elas. Bem, o Filipe e companhia. O Miguel e o Hugo também não perdiam a oportunidade de uma mirada!Terminamos a noite a comer fogaça e a beber um copo de cola. A conversar.
Foi uma noite inesquecível, mostrando-nos coisas que nunca tínhamos visto. Esperamos que mais espectáculos, mais momentos aconteçam!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Poema Outono

Na ternura de estações que já não o são, um poema criança....



O Outono é tempo de folhas caídas

castanhas e vento frio

Chove na terra, por vezes forte

A água da chuva corre para o rio



As árvores ficam despidas

rasgadas, com feridas

As folhas de todas as cores voam

das folhas se fizeram despedidas



O vento do norte soprará

Viagem para todo o lado

Pelas serras, vales e montes

Vento frio, vento gelado



O frio Inverno chegará

neve, deus dará

batento nas portas sem parar

o vento destroi tudo ao dançar.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O Cavalo Pintado

Numa terra portuguesa, com certeza, vivia uma família que vendia cavalos. Todos os dias os filhos mais novos iam com animais ao pasto. Cavalgavam por entre os pinhais como flechas, sentindo a brisa do vento na cara. Esta família era muito conhecida pela qualidade dos seus cavalos, vinham pessoas de todo o lado para comprar os seus animais. Um dia, numa manhã ensolarada de Primavera, chegou um homem com vontade de fazer negócio com o senhor Monteiro. Era um senhor educado mas com a mania de esperto, com muito dinheiro e com um pedido um pouco esquisito. Disse ao senhor Monteiro que a sua fama de criador de cavalos passava para além das planícies e, por isso, veio ter com ele para um negócio. Queria a todo o custo uma égua com pintas para impressionar os amigos e vizinhos. Ora o senhor Monteiro, logo à partida, disse-lhe que não tinha, mas o comprador insistiu de tal forma, que o senhor Monteiro decidiu pregar-lhe uma partida. Ora após reflectir um pouco, o senhor Monteiro juntamente com os seus filhos resolveram satisfazer o pedido do comprador. Foram ao cabeleireiro comprar spray de tinta preta, que ao misturar com óleo queimado formava uma pasta que era difícil de sair da roupa. Ora se era difícil sair da roupa, seria igualmente difícil sair do pêlo do animal. Com um pincel molhado nesta tinta, fizeram várias pintas na égua tornando-a no animal que o comprador tanto queria. Deixaram secar a tinta, tentaram tirá-la com água e um esfregão e como não saia chamaram o comprador. O homem gostou tanto do animal que se propôs logo a comprá-lo. Nesta altura o senhor Monteiro, um vivido negociante, disse que era a égua mais cara que tinha e que só a vendia pelo dobro do valor. O comprador nem pestanejou, pagou imediatamente ao senhor Monteiro com o ar de quem tinha comprado uma preciosidade por uma preço muito baixo, mal sabia ele o resto da história. As aparências iludem, os preconceitos mais ainda…